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O projeto AURORA na Universidade de Évora...

A Universidade de Évora ainda não definiu objetivos climáticos. No entanto, a universidade tem uma longa tradição na investigação da energia solar. Por exemplo, em 2008, a Universidade de Évora criou um dos primeiros programas de licenciatura em Engenharia das Energias Renováveis, seguido de um programa de mestrado em Engenharia de Energia Solar e um programa de doutoramento em Mecatrónica e Energia. A Cátedra Energias Renováveis criou e desenvolveu uma grande infraestrutura de investigação de energia fotovoltaica e energia solar térmica.

A universidade está dividida em dois campus. Um está situado no centro histórico de Évora e o outro a cerca de 10 quilómetros. Este segundo campus é fornecido de eletricidade por três fornecedores de energia através de três postos de transformação. O fornecimento tem um desequilíbrio significativo, o que significa que a energia não é fornecida onde é consumida. Por exemplo, a maior parte dos edifícios é alimentada por um transformador ao qual está ligado apenas um pequeno sistema fotovoltaico. Por outro lado, existe uma central solar térmica, mas o consumo é quase nulo. A ideia inicial era criar uma comunidade energética que distribuísse melhor as energias renováveis pelo campus através da rede pública e com emissões zero.

A central de solar demonstração inicialmente idealizada para o projeto AURORA destinava-se a dar um contributo importante para o balanço energético do campus. Estava prevista uma central fotovoltaica com uma capacidade de 200 KW, o que corresponde a cerca de um quinto da potência máxima atualmente necessária no campus. Uma área de 280 hectares está disponível no campus para a construção da central fotovoltaica AURORA, e apenas uma fração de um hectare é necessária para a mesma.

Contudo, devido a constrangimentos legais, o conceito inicial teve de ser alterado e agora a equipa do projeto AURORA em Évora vai desenvolver uma Comunidade de Energia Renovável (CER) com uma instituição em Évora. A instalação solar a ser instalada na instituição será financiada com crowdfunding público para a sua construção e implementação e a energia solar produzida irá reduzir significativamente a fatura energética. As poupanças serão usadas para pagar aos investidores e para ajudar famílias em situação de pobreza energética na cidade.

Quando o AURORA e a sua comunidade de energia estiverem totalmente funcionais, com os primeiros resultados a serem publicados, o demonstrador poderá motivar outros cidadãos a criar e a juntar-se a uma comunidade de energia renovável. Estas comunidades poderão ter um grande potencial em zonas remotas com difícil acesso à rede pública, como é o caso de alguns locais na região do Alentejo.

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